Conheça os caminhões mais vendidos do Brasil no mês de abril

A Fenabrave publicou seu relatório mensal dos emplacamentos de veículos no Brasil, mostrando que as vendas de  caminhões novos tiveram uma redução no mês passado. De acordo com a entidade, foram vendidos 9.038 caminhões em abril, ante 9.201 de março, resultando em uma redução de 1,77%. Na comparação com abril de 2024, quando haviam sido emplacados 10.537 caminhões, a redução foi de 14,23%.

No total de vendas acumuladas durante os quatro primeiros meses do ano, a Fenabrave informa que foram emplacados 36.160 caminhões, número bem próximo do resultado registrado no mesmo período de 2024, quando foram vendidos 36.408 veículos pesados. Nesse cenário, a redução em 2025 foi de 0,68%.

Mas, apesar dos números negativos, as montadoras podem comemorar os resultados. Na lista das marcas que mais vendem caminhões no país, a Mercedes-Benz vai despontando, com 9.304 unidades registradas nesse ano. No mês de abril a marca vendeu 2.502 caminhões.

A segunda colocada é a Volkswagen, que tem 9.095 unidades vendidas até o mês passado, com 2.378 emplacamentos em abril.

 

Caminhões

As vendas registradas por modelos de caminhões se mantém quase sem mudanças na ponta da tabela. O campeão de vendas é o imbatível Volvo FH 540, que já registra 1.915 unidades vendidas nesse ano.

O segundo colocado é o Volkswagen Delivery 11.180, que tem 1.870 unidades vendidas. O Accelo 1017 é o terceiro colocado, com 1.526 emplacamentos nesse ano.

O restante da tabela, com os 20 caminhões mais vendidos, você confere abaixo:

Elétricos

A Fenabrave também destacou as vendas de caminhões elétricos, mostrando que seis marcas vendem caminhões com baterias no lugar dos tanques de diesel no Brasil. A campeã é a JAC, com seu iEV1200T e outros modelos elétricos. A marca tem 49 emplacamentos no Brasil nesse ano.

Volkswagen , com seu eDelivery, segue como segunda, com 39 unidades vendidas. As outras marcas que aparecem nesse ranking são Tesla (16 unidades), Foton (8), Nanjing (6) e Higer (1).

Cabe lembrar que os modelos Tesla vendidos no Brasil são a CYberTruck, uma picape, que acaba sendo registrada como  caminhão semi-leve, por conta do alto peso total.

No total, o mercado de caminhões elétricos registra 119 unidades vendidas nesse ano, ante 148 do mesmo período de 2024, uma redução de 19,59% nesse ano.

 

FONTE: https://blogdocaminhoneiro.com/2025/05/conheca-os-caminhoes-mais-vendidos-do-brasil-no-mes-de-abril/

Limite maior de pontos na CNH para caminhoneiros é aprovado em comissão do Senado

A Comissão de Infraestrutura (CI) aprovou nesta terça-feira (29) o projeto de lei que aumenta a pontuação necessária para cassar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de caminhoneiros (PL 2.720/2022). A proposta, de autoria do ex-senador Guaracy Silveira (TO), altera o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), de 1997, e seguirá agora para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

O texto recebeu parecer favorável do senador Jaime Bagattoli (PL-RO), que apresentou um substitutivo. A versão original previa o limite de 120 pontos para suspensão da CNH de motoristas de cargas, desde que não houvesse infrações gravíssimas (como dirigir embriagado, sem CNH válida ou fazer manobras perigosas). Bagattoli reduziu esse teto para 80 pontos, a serem aplicados se não houver infração gravíssima. Caso haja, o limite continua sendo dos atuais 40 pontos.

— Não queremos nada fora da lei. O que se mudou nos últimos anos é que são muitas lombadas eletrônicas que temos nas rodovias. O motorista de  caminhão precisa ser visto de outra forma. É muito injusto que perca a habilitação com apenas 40 pontos. Também sou motorista de  caminhão e sei das dificuldades que enfrentam no dia a dia. Essa mudança não tira a responsabilidade do motorista — explicou.

O substitutivo aprovado também autoriza que motoristas profissionais realizem curso preventivo de reciclagem ao atingirem 30 pontos em um período de 12 meses, conforme regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Com a conclusão do curso, até 30 pontos poderão ser eliminados da CNH. A adesão a essa alternativa será permitida uma vez a cada 12 meses.

O projeto original previa que apenas infrações gravíssimas relacionadas ao consumo de álcool e outras substâncias psicoativas fariam o caminhoneiro perder o direito à pontuação expandida. Bagattoli justificou a sua alteração com base em dados do Anuário Estatístico da Polícia Rodoviária Federal de 2022, que apontam que práticas como dirigir na contramão, em velocidade incompatível ou realizar ultrapassagens indevidas têm relação mais direta com a letalidade no trânsito do que o uso de álcool ao volante.

Para o relator, era necessário restringir o benefício do projeto ainda mais, com a manutenção do caráter educativo das penalidades.

— As alterações corrigem uma situação injusta sem incentivar a condução imprudente ou comprometer a segurança nas estradas brasileiras — acrescentou.

O presidente da comissão, senador Marcos Rogério (PL-RO), também defendeu o texto aprovado e destacou que a mudança proposta não elimina as sanções financeiras decorrentes das infrações de trânsito.

— O projeto em nada altera a multa que esse motorista recebeu. As consequências financeiras da infração continuam intactas. O que alteramos aqui é a quantidade de pontos que vai determinar, ao final, a perda do direito de dirigir. Ele continua a ser sancionado administrativamente com a multa, mas tem uma extensão na pontuação por se tratar de um profissional que vive do volante — afirmou.

A CCJ terá a palavra final sobre o projeto. Se for aprovado lá, ele já poderá seguir diretamente para a Câmara dos Deputados. Com informações da Agência Senado

Após década de história, frases de para-choque estão sumindo das estradas

Por décadas, as estradas brasileiras eram ricamente enfeitadas com frases de para-choque em caminhões, uma arte que atraía a atenção de adultos e crianças, graças à criatividade dos motoristas. Essa arte se popularizou no Brasil nos anos 1950, quando os caminhões começaram a ganhar palavras pintadas em seus para-choques.

Eram frases curtas, a maioria com conteúdo humorístico, além de frases rimadas, destacando o sentimento dos caminhoneiros. No começo, as frases estampavam a dianteira dos caminhões, porque a traseira ficava muito suja nas estradas de terra.

Com o aumento das rodovias pavimentadas, e com o surgimento dos famosos lameiros na traseira, as frases ganharam um novo lugar de destaque. Os carros que vinham atrás podiam admirar a criatividade dos caminhoneiros.

Apesar de terem se tornado um grande fenômeno nas estradas brasileiras, as frases foram inspiradas em técnicas de artistas da Argentina, que adornavam caminhões, ônibus e até carroças.

Caminhão FNM com a frase na dianteira / Imagem de Ronaldo Scomazzon | Antigos Verde Amarelo

O verdadeiro auge das frases de para-choque aconteceu nos anos 1980. Praticamente todo caminhão que circulava pelo Brasil ostentava sua própria frase, com estilo único.

As frases, pintadas à mão ou por artistas em postos de gasolina, eram curtas, para caber no para-choque, e com letras grandes, para serem legíveis. Essas mensagens variavam entre humorísticas, românticas, religiosas e filosóficas, refletindo a vida na estrada.

Os pintores atuavam nos postos de combustíveis carregavam caderninhos com coleções de frases, permitindo que os motoristas escolhessem algo que os representassem.

Algumas dessas frases clássicas são:

  • “Não me siga, pois estou perdido”;
  • “A velocidade que emociona é a mesma que mata”;
  • “Viajo porque gosto, volto porque te amo”;
  • “O Senhor é meu pastor e nada me faltará”;
  • “Se casamento fosse bom, não precisaria de testemunhas”;
  • “A fortuna faz amigos, a desgraça prova se eles existem”;
  • “Devagar se vai longe, rápido também, só que mais depressa!”
  • “Não buzine, acorde mais cedo”;
  • “Fé em Deus e pé na tábua”;
  • “Não sou dono do mundo, mas sou filho dele”;
  • “Tudo que você usa já esteve em um caminhão”;
  • “A carga é pesada, mas a vontade de chegar é maior”;
  • “Dirigido por mim, guiado por Deus”;
  • “A vida é uma estrada, aproveite a viagem”;
  • “Meus faróis iluminam a estrada, mas Deus ilumina meu caminho”;
  • “Casei com Maria, mas viajo com Mercedes”.

Entre os anos 1980 e 1990, o uso de frases nos caminhões era muito comum. Depois dos anos 2000, o número de frotas padronizadas e terceirização de caminhões acabaram reduzindo a liberdade dos caminhoneiros de se expressarem em seus caminhões.

Além disso, muitos motoristas passaram a usar mensagens mais curtas, como palavras de fé, nomes de filhos ou esposa, e outros.

Mesmo com o número cada vez menor dessas frases nas estradas, elas são um símbolo da criatividade e resiliência dos caminhoneiros, e serviram para eternizar a marca deles nas rodovias de todo o Brasil.

 

FONTE: https://blogdocaminhoneiro.com/2025/05/apos-decada-de-historia-frases-de-para-choque-estao-sumindo-das-estradas/