Elas dominam a paisagem das estradas brasileiras há alguns anos, graças a capacidade de carga adicional e uma série de atributos extras em relação a outras composições antes consagradas, como o bitrem. Estamos falando das carretas com quatro eixos, que transportam cargas com um PBTC de 58,5 toneladas.
Apesar de uma ampla lista de vantagens, que transformaram o modelo em sucesso de vendas, há riscos de problemas, especialmente com uso incorreto do suspensor do primeiro eixo do implemento.
Como destaca o Engenheiro Rubem Penteado de Melo, um dos problemas relatados por transportadores são trincas no chassi e problemas nos eixos. Na maioria dos casos, esses problemas acontecem por se trafegar com a carreta carrega e com o primeiro eixo suspenso.
A prática tem uma vantagem imediata, um ganho na firmeza do caminhão, por conta do peso extra sobre a quinta-roda. Mas gera estresse estrutural na carreta, que acaba resultando em problemas graves com o passar do tempo.
Manobras com o eixo suspenso são recomendadas, especialmente em marcha-à-ré, dentro de pátios e locais mais confinados, para evitar o arraste lateral dos pneus. Mas isso não é indicado para longas distâncias.
Com o primeiro eixo suspenso, o vão livre entre o último eixo do cavalo mecânico e o primeiro eixo tocando o solo no implemento aumenta em cerca de 2,5 metros, gerando um aumento considerável do esforço mecânico sofrido pelos componentes.


